segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Barry Callebaut revê para baixo projeção de vendas e lucro.


A Barry Callebaut, maior fabricante mundial de chocolate para fins industriais, reduziu suas previsões, formuladas há dois anos, de crescimento das vendas e dos lucros, depois que o consumo caiu pela primeira vez em uma década.

Os lucros antes de juros e impostos (rubrica contábil conhecida como Ebit), deverão, em média, pelo menos se equiparar ao crescimento das vendas, de 6% a 8%, nos três anos até agosto de 2012, previu ontem a empresa, sediada em Zurique. Em 2007, a fabricante de chocolate havia projetado crescimento médio do Ebit de 11% a 14% nos quatro anos até 2011. A empresa suíça havia estimado crescimento médio nos embarques de 9% a 11% nos quatro anos até agosto de 2011.

A redução das projeções era "amplamente esperada", disseram os analistas da Helvea em uma nota. A recessão mundial, a mais acentuada desde a década de 1930, e a alta de 59% nos contratos futuros do cacau nos últimos 12 meses pesaram no setor. O consumo de chocolate começou a se recuperar no segundo semestre fiscal, disse a Barry Callebaut.

"O mercado de chocolate está sendo muito pressionado neste momento", disse Jon Cox, analista da Kepler Capital Markets, que recomenda "comprar" ações da Barry Callebaut. Ele prevê melhoras nos próximos anos, depois do "mau ano" de 2009, disse Cox.

A previsão da Barry Callebaut é que o panorama econômico "continue difícil e volátil", disse Juergen Steinemann, que substituiu Patrick De Maeseneire na posição de principal executivo em agosto.

O lucro líquido da companhia nos 12 meses até agosto cresceu 11%, para 226,9 milhões de francos suíços (US$ 225 milhões), superando a estimativa média de 215,6 milhões de francos de cinco analistas consultados pela Bloomberg.

A fabricante de chocolate não alcançou a meta, determinada em abril, de crescimento de 11% a 14% no lucro operacional de todo o ano fiscal, excluindo flutuações cambiais. Esse lucro expandiu 9,5%.

As vendas cresceram 1,3%, para 4,88 bilhões de francos, e foram puxadas para baixo pelas variações cambiais. Excluindo esses efeitos, a alta foi de 8,5%. A Barry Callebaut fabrica cerca de 25% dos produtos com chocolate do mundo, fornecendo também para outras empresas. Em 2007, fechou um acordo para fornecer chocolate para a Nestlé e a Hershey.

Fonte: Valor Econômico